Festival de Beach Rotcha 2016
Reação da Câmara Municipal do Maio ao cancelamento do show da Élida Almeida pela Harmonia
A Câmara Municipal do Maio faz uso desta ferramenta da rede social para esclarecimento público acerca do cancelamento do show da artista Élida Almeida, protagonizado pela Harmonia, durante o Festival de Beach Rotcha, no passado dia 9 de Setembro:
1. A Câmara Municipal do Maio fez um convite à Élida Almeida para participar no festival deste ano e recebeu prontamente a aceitação da artista;
2. Negociado o contrato proposto pela Harmonia e analisado pela Câmara, esta procedeu-se ao pagamento prévio do cachet da artista, ao mesmo tempo que fez as reservas de bilhetes de passagem aérea, alojamento e alimentação.
3. Dado a necessidade de a banda poder deslocar-se à ilha do Sal (voo Praia-Sal), na manhã do dia 10, para atuação no Festival de Santa Maria, no mesmo dia, a Harmonia alugou um barco de pesca de nome Mangrade de Santa Cruz para fazer a ligação com a Cidade da Praia, logo após o show. A Câmara foi contactada pela Harmonia no sentido de agir (como colaboração) junto da Agência Marítima e Portuária para obtenção de uma autorização prévia para deslocação deste navio por volta das 2h30. No próprio alinhamento do festival, a Élida e banda constavam como segundos da lista para facilitar o processo, em prejuízo do próprio espetáculo, pois à organização convinha mais que artista do calibre da Élida ficasse reservada lá mais para o fim.
4. Chegando toda a banda à ilha no dia 9, pelas 14h, o responsável pela banda, o senhor Benito Lopes, dirigiu-se à Câmara Municipal por volta das 16h30 para rubricar o contrato que tinha sido negociado, dias antes. Na ocasião, ele foi informado da necessidade de fazer um teste de som pelas 18horas, facto que acabou por ser consumado.
5. Contudo, por volta de 20h30, a Câmara Municipal foi confrontada com uma informação da Harmonia que se recusaria a entrar em palco se a lona de fundo da Unitel Tmais não fosse retirada, pois a artista tinha um contrato com uma marca internacional de comunicação que obrigava a que durante os shows da Élida não tivesse identificação de nenhuma marca no fundo do palco.
6. Ora bem, sabendo da existência de um protocolo que vigora há dois anos com a Unitel Tmais, e que colocava esta empresa como o principal patrocinador do Festival, a Câmara Municipal não podia de per si aceitar as condições impostas pela Harmonia, ademais tendo em conta que elas foram apresentadas em cima da hora e nem sequer constavam do contrato assinado.
7. Mesmo que tivessem sido propostas no contrato, a Câmara Municipal jamais aceitaria tais condições feitas, sob o traço da ameaça e da chantagem pelo representante da Harmonia, pois isso constituiria uma violação grosseira ao referido protocolo existente com a Unitel Tmais e a autarquia poderia ser processada, incorrendo em pena alta.
8. Perante a recusa da Câmara Municipal e depois de a banda já se posicionar no palco, o representante da Harmonia deu ordens para que os elementos abandonassem o local e não permitiu que a artista Élida Almeida subisse ao palco, deixando estupefacto o público local.
9. De referir que grande parte do público se deslocou à praia estava ávido de poder ver em palco uma artista que considera Djarmai a sua segunda ilha, onde passou uma boa parte da sua vida.
10. Tal atitude da Harmonia, além de constituir uma violação flagrante ao contrato previamente assinado, configurou-se como uma afronta e uma total desconsideração para com a Câmara Municipal do Maio e as pessoas que a representam, na organização do evento. Tal postura também constituiu uma ofensa grave à imagem do festival, à Câmara e à própria ilha, e um total desrespeito pelo público presente.
11. Essa ofensa tornou-se ainda mais gritante, ao constatar que na página da artista houve uma tentativa barata e desonesta de vitimização, quando a culpabilização própria seria o caminho mais indicado, pois ela é tão evidente neste caso.
12. Em face de tudo o que relatamos, do grande esforço despendido pela Câmara para vinda da artista e banda à ilha e da tamanha desconsideração, desonestidade e irresponsabilidade da Harmonia, não nos resta outro caminho que não seja agir judicialmente contra a Harmonia, a fim de protegermos a honra e o bom-nome de que goza a Câmara Municipal do Maio e repor a verdade dos factos, pois além de nos sentirmos lesados em termos patrimoniais, houve danos morais e na imagem que não podem ser encarados de ânimo leve.